Vacinar Portugal

Terceira fase de desconfinamento poderá ser antecipada

Vacinação prossegue em velocidade de cruzeiro.

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Este fim de semana, mais de 100 mil pessoas foram vacinadas, a grande maioria nas faixas etárias entre os 12 e os 17 anos. Com mais de 70% da população nacional com a vacinação completa, é de prever que a última fase de desconfinamento seja antecipada.

O Governo contava chegar à meta dos 85% de população vacinada em outubro para fazer cair as últimas restrições. À semelhança do que aconteceu na segunda fase, também a terceira poderá ser antecipada.

Com a antecipação da terceira fase, abrem-se as portas das discotecas, mediante a apresentação de certificado digital ou teste negativo, caem os limites máximos de pessoas por grupo nos restaurantes e terminam os limites de lotação.

No próximo fim de semana, há nova ronda de casa aberta para todos os portugueses e, em simultâneo, os jovens com a primeira dose terminam o processo de vacinação.

Será o segundo fim de semana consecutivo em que bastará uma senha digital, sem necessidade de autoagendamento, para receber a vacina.

Portugal é o quinto país do mundo com a vacinação completa e o segundo, a seguir a Malta, no ranking da União Europeia.

Portugal com 10 vezes mais novos casos do que em agosto de 2020

Em comparação com agosto do ano passado, a incidência de casos é quase 10 vezes superior. Há um ano, a média de novos casos rondava os 231; agora, supera os 2.287 casos por dia.

Uma subida que também se verifica nos internamentos, mas em proporção muito inferior. Ainda assim, é mais do dobro: passa de 346 internados em média, em agosto de 2020, para 773 este mês.

As mortes por covid-19 também aumentaram: a média em agosto de 2020 era de três óbitos por dia, agora são em média 13 as mortes diárias.

Estes números são justificados sobretudo pela variante Delta, predominante em Portugal, mas também por um comportamento mais relaxado da população e pelas limitações de eficácia da vacina.

Tiago Correia, especialista em Saúde Pública, considera que se está a chegar a um "momento paradoxal que traz enorme dificuldade de gestão política" de forma a encontrar "um equilíbrio entre as restrições e o regresso à normalidade".