Numa entrevista ao jornal Diário de Notícias, a diretora-geral da Saúde admite o reforço da vacina contra a covid-19 a mais idades e outros grupo sociais, caso seja preciso.
"Não sabemos se vamos ter de fazer reforços a toda a população, se vão ser reforços anuais, quinquenais, de 10 em 10 anos", afirma Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde garante o alargamento da terceira dose da vacina contra o novo coronavírus a mais idades e grupos sociais, se a ciência assim o indicar.
Graça Freitas acrescenta que "ainda há muito para saber e em aberto" e que a saúde aguarda indicações da ciência sobre como agir nesta pandemia.
Na semana passada, em que a subvariante da Delta fez soar os alarmes e levou alguns países a darem um passo atrás no desconfinamento, Graça Freitas avisa que é preciso "jogar com todas as armas contra a covid-19".
A diretora geral da Saúde prevê que o próximo mês será de "maior intensidade" e será altura em que Portugal vai receber a maioria das vacinas para o SNS, para perfazer as 2,5 milhões de doses necessárias.
Quanto ao Plano Referencial Outono-Inverno 2021-2022, a dirigente do DGS aponta para três cenários: "o perfeitamente estável" ou "aquele em que a efetividade da vacina começa a cair" ou um cenário pior, com o aparecimento de uma nova variante "mais agressiva, com capacidade de escapar ao nosso sistema imunitário".
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