A AstraZeneca poderá ter fornecido informações desatualizadas no ensaio clínico da vacina contra a covid-19 nos Estados Unidos, segundo um alerta é da Comissão de Controlo e Proteção de Dados que supervisionou o estudo.
Em causa, pode estar a tão aguardada aprovação da vacina nos Estados Unidos. Os reguladores norte-americanos exigiram um estudo de larga escala à vacina da farmacêutica anglo-sueca, com mais de 32 mil participantes, a vacina revelou uma eficácia de 79 por cento.
A Comissão de Controlo e Proteção de Dados "expressou preocupação com a possibilidade de a AstraZeneca ter incluído informações desatualizadas nesse ensaio, o que pode ter fornecido uma visão incompleta dos dados da eficácia", revelou o Instituto de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos que já pediu à AstraZeneca para rever os dados e os atualizar o mais rápido possível.
O Instituto de Doenças Infecciosas norte-americano, dirigido pelo especialista Anthont Faucci, instou a empresa a "trabalhar com a Comissão de Contrado de Dados para rever os dados da eficácia e garantir que os dados mais precisos e atualizados são tornados públicos o mais rápido possível".
A farmacêutica ainda não comentou o assunto.
Nas últimas duas semanas, pelo menos 13 países suspenderam a toma de vacinas da AstraZeneca. Os receios sobre a segurança e a possibilidade de formação de coágulos vieram danificar a percepção pública da vacina produzida em cooperação com a Universidade de Oxford.
Depois das conclusões anunciadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), que assegurou na quinta-feira que não há evidências de relação direta dos casos com a vacina, mas também não descartou totalmente a possibilidade, a maioria dos países europeus já retomaram ou vão retomar a vacinação com o medicamento da AstraZeneca.
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