Apesar de não estar vacinado contra a covid-19, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, garantiu esta terça-feira que apoia a vacinação.
"O nosso Governo tem-se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada à vacina", afirmou Bolsonaro.
O discurso marcou o início da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
Bolsonaro criticou ainda os países que não optaram por um tratamento de prevenção e garante que os brasileiros que escolherem ser vacinados até novembro serão atendidos.
O Presidente do Brasil defendeu também a autonomia médica e o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19.
"Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso 'off-label' [fora da bula] ", afirmou Bolsonaro.
"Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da 'media', se colocaram contra o tratamento inicial", acrescentou.
Ao citar o chamado "tratamento precoce" o chefe de Estado brasileiro referia-se ao uso de remédios contra a malária como cloroquina e a hidroxicloroquina, e outras substâncias como a azitromicina, que diz ter ingerido com sucesso quando foi infetado pelo novo coronavírus no ano passado, embora estudos e a comunidade científica global indiquem que são ineficazes contra o vírus SARS-CoV-2.
O chefe de Estado brasileiro também lembrou que a pandemia apanhou todos de surpresa em 2020 e acrescentou que sempre defendeu "combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade".
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