A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, diz que o país precisa de apoio internacional para travar os ataques de grupos armados.
"Neste momento, o Estado moçambicano não é, unicamente só, capaz de debelar aqueles ataques", declarou o porta-voz da Renamo e deputado à Assembleia da República.
Em declarações aos jornalistas, José Manteigas acusa o Governo de "inércia e apatia" na abordagem do problema.
"O que aconteceu foi a inércia do Governo, porque houve várias vozes, incluindo até da comunidade muçulmana, já no início, que denunciou esse facto (de emergência do extremismo)."
O responsável assinalou os alertas emitidos por líderes e organizações muçulmanos pelo facto de a violência em Cabo Delgado ser conotada com o extremismo islâmico.
O político referiu que também os serviços de informação do Estado terão alertado o executivo sobre o aparecimento de correntes ligadas ao extremismo violento, mas foram ignorados pelo Governo.
"O que nós assistimos foi uma inércia, uma apatia por parte do Governo em relação a esta matéria. Tudo indicava que era uma simples questão passageira, mas, afinal de contas, tornou-se num problema de grande envergadura que afeta total e profundamente o nosso país", enfatizou.