Uma equipa de reportagem da agência Lusa traça o retrato de uma das muitas famílias que fugiram dos conflitos em Palma, Moçambique, e que procuram agora refúgio em Pemba.
"Sem ajuda, fico muitos dias em sacrifício, só com essas folhas (de feijão) aí. Sempre cozinhamos e damos com sal. E as crianças comem assim mesmo. Folhas de feijão que eles sempre recolhem e comem", explica Virgílio, de 61 anos.
São 30 bocas para alimentar e não há comida que chegue. Longe da horta em terras férteis e do trabalho que tinha em Palma, Virgílio pesa as vantagens:
"Mas as crianças dormem melhor. As crianças podem brincar."
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