Em Moçambique, as tropas governamentais combate os jihadistas em Palma. Uma semana depois do ataque à vila fronteiriça, admitem que a situação está fora de controlo.
O fumo numa das torres de telecomunicações indica que ainda há combates no centro da Vila de Palma. Os comandantes da ofensiva de Maputo garantem que tudo decorre conforme o planeado. Admitem dificuldade nas chamadas operações de limpeza e no avanço lento dos soldados.
Os conselheiros militares sul-africanos, contratados para proteger as concessões de gás, falam numa situação terrível.
O ataque da semana passada, que ocorreu em três frentes em simultâneo, foi lançado por Ahlu Sunna Wa Jamma, um grupo afiliado ao Daesh que tem combatentes estrangeiros e jurou instaurar na região a Sharia – a lei islâmica.
No site de propaganda do Daesh, foram divulgadas imagens a reivindicar vitória. A vila, localizada na fronteira com a Tanzânia, foi o mais recente alvo em quatro anos de ataques dos radicais islâmicos. Já invadiram Mocímboa da Praia e Quissanga. A invasão de Palma provocou centenas de vítimas e uma nova onda de deslocados.
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