Vodafone Paredes de Coura

Animais no campismo, sim, mas e nos concertos? As regras em Coura e as soluções encontradas pelos festivaleiros

Fofinhos ou não, os animais de companhia são permitidos no campismo do Paredes de Coura, mas não podem entrar no recinto dos concertos. Os festivaleiros têm de optar por deixá-los em casa, nas carrinhas e caravanas de campismo ou, mais difícil, encontrar dogsitters.
Animais no campismo, sim, mas e nos concertos? As regras em Coura e as soluções encontradas pelos festivaleiros
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Margarida tem 20 anos, é de Paredes de Coura e desde criança que vem ao festival. “Desde 2012 que venho. Mas é a primeira vez que o trago”. Refere-se ao labrador preto, que está sentado ao lado dela, a apanhar sol. “Este é o Billy.

Está muito irrequieto hoje.Se assim é, pelo menos não aparenta. Ou então é o ambiente do “Couraíso” que começa a acalmá-lo. A energia relaxante da praia fluvial do Taboãotambém é absorvente no mundo canino.

“Eu costumo vir o verão todo aqui ao rio, porque ele gosta de ir à água”, conta Margarida. “Hoje está um bocadinho complicado, porque não há muito espaço, então ele anda aí em cima das toalhas das pessoas.”

Na realidade, os festivaleiros é que invadiram o “habitat natural” do Billy, durante estes dias. “Mas ele está a gostar de atenção”, garante Margarida.

As regras do Vodafone Paredes de Coura permitem animais na zona da praia e do campismodesde que garantido o “bem-estar” do animal e “a boa convivência”com os restantes campistas”. No entanto, os companheiros de quatro patas não podem assistir a concertos. É lhes vedada a entrada a essa parte do recinto.

Por este motivo, os campistas têm de encontrar soluções para os animais, quando querem ir assistir a espetáculos.

"Vou ter de o deixar em casa"

Margarida não conseguiu encontrar ninguém que tomasse conta do Billy. “É muito difícil, vai toda a gente para o recinto”, comenta. Mas como vive mesmo na vila de Paredes de Coura, a soluçãoé mais fácil. “Vou ter de o deixar em casa. Tenho de ir lá pô-lo e depois voltar. É mais ou menos a dez minutos de carro.

Quem não pode deixar o amigo de quatro patas em casa é Antoine, que vive em França. Está de férias em Portugal com o Nussa, um pastor australiano que está prestes a fazer três anos.

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“Ele é muito fofo! Se tivesse uma moeda por cada vez que me dizem como ele é fofo, estava milionário!”, comenta, entre risos.

A ideia de vir ao Vodafone Paredes de Coura surgiu inesperadamente.

“Conheci umas pessoas ontem, que vinham para o festival e me falaram sobre ele. Disseram-me que era muito agradável e relaxado, e que podia trazer o meu cão comigo. E eu disse: “Então vamos!”

Pode trazer o cão, sim, mas não se quiser assistir aos concertos. Contudo, Antoine já tem um plano: “Quando já estiver fresco, vou levá-lo de volta para minha carrinha e ele vai ter uma boa noite de sono. Vai ser bom para ele”.

"É um dos poucos lugares onde conseguimos trazê-la"

Uma solução idêntica à adotadapor uma família portuguesa, que veio de Barcelospara disfrutar do Paredes de Coura. Zeza, de 43 anos, e a filha Ziza, de 10 – que ainda não ouviu música nenhuma, mas, só pelos mergulhos no rio, já está a achar o festival “muito fixe”.

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Entre mergulhos no rio, contam que a cadela da família “não vai a lado nenhum” sem elas e, por isso, teve também de vir para Coura. “É a nossa menina, a nossa guardiã!”

“Ela não morde, é muito fofinha”, garante Ziza.

O pastor alemão, com um ano de idade, também vai ficar a descansar na carrinha, quando a família for espreitar os concertos no recinto. “Ela fica lá. É sempre bom, tranquiliza Zeza.

Até lá, vão todos, em família continuar a desfrutar dos mergulhos no rio.

“A gente não pode levar os cães para lado nenhum, hoje em dia. Aqui ainda acaba por ser um dos poucos lugares onde conseguimos trazê-la e ela consegue estar aqui a conviver com o pessoal tranquilamente”, nota Zeza, sorrindo. Para ela também é uma nova experiência.