Meteorologia

Proteção Civil prevê desagravamento do estado do tempo no fim de semana

Para esta tarde, a Proteção Civil alerta que se mantém “um regime de aguaceiros, por vezes forte”, pelo que mantém as recomendações às populações. Ainda assim, o nível de alerta vai ser reduzido para amarelo.

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No, já habitual nos últimos dias, briefing da Proteção Civil, o comandante nacional, André Fernandes, deu conta do número total de ocorrências registadas na última madrugada, com particular destaque para os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Coimbra, com “3.552 ocorrências”. No terreno estiveram mais de 13 mil operacionais e mais de quatro mil meios.

“Os distritos mais afetados foram Lisboa, com 2.722 ocorrências, Setúbal com 492, Portalegre com 194, Santarém com 171, e Coimbra com 102. O município de Lisboa foi o mais afetado com 1.437 ocorrências, seguido de Sintra com 319, Oeiras com 260, Cascais com 259, Almada com 148, Loures com 122, Odivelas com 105, e Barreiro com 87”, mas também há a “destacar os concelhos do distrito de Portalegre - Arronches, Campo Maior, Sousel e Fronteira - também bastante afetados”.

Para a tarde desta quarta-feira, e tendo em conta as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o comandante nacional da ANEPC disse ser expectável a manutenção deste “regime de aguaceiros, por vezes forte, com possibilidade de chuva forte e trovoada”. Ainda assim, André Fernandes admitiu que deverá registar-se uma ligeira melhoria, apesar de as autoridades se manterem vigilantes.

O regresso da chuva forte está previsto também para a madrugada do dia 16. Aí, acrescentou, deverá registar-se um “ligeiro agravamento” das condições meteorológicas, nomeadamente “o aumento da agitação marítima”.

Apontando para o fim de semana, o comandante nacional disse ser “expectável” neste momento “que nos dias 17 e 18 exista um desagravamento", prevendo-se ainda assim um fim de semana com precipitação mas ”em geral fraca".

Há ainda estradas e linhas ferroviárias condicionadas. “Mantemos fechados os acessos da A8 para Frielas, em Loures, e o IP2 em Monforte, além de diversas estradas nacionais e municipais, em Lisboa e no distrito de Portalegre”, adiantou André Fernandes, reiterando o apelo a que as pessoas estivessem atentas às atualizações que são feitas quer pela Proteção Civil, quer pela Infraestruturas de Portugal.

A linha ferroviária de Cascais mantém-se com "alguma afetação, nomeadamente na estação de Algés na tomada de passageiros"", já a linha do Leste foi reaberta às 9h".

Quanto aos meios de reforço, que foram solicitados por Lisboa, “ainda se encontram ao trabalho”, mas as Forças Armadas já foram desmobilizadas.

Mais de 80 pessoas desalojadas

No balanço sobre as consequências do mau tempo, o comandante nacional da ANEPC referiu ainda que 83 pessoas ficaram desalojadas na sequência das fortes chuvas de terça-feira, sendo o concelho de Seixal, no distrito de Setúbal, aquele que registou mais (34) desses desalojados, seguido pelos concelhos de Coruche (Santarém) e Loures (Lisboa).

Além disso, acrescentou André Fernandes, um "episódio de precipitação intensa" sentido esta manhã causou uma "inundação urbana" em Setúbal, onde estão "operações a decorrer" mas "não há registo de vítimas".

Há neste momento "cinco planos municipais de emergência ativos", quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro.

Nível de alerta vai ser reduzido

"A partir das 14:00, o alerta especial da Proteção Civil laranja passa para amarelo, há aqui um ligeiro desagravamento, mas isso não significa que não possam ocorrer situações pontuais de inundação. Mantemos, por isso, o alerta especial de nível amarelo com o dispositivo no terreno ainda nesta fase de reabilitação e pronto para intervir caso haja novas situações de inundação", acrescentou o comandante nacional da ANEPC.

A Proteção Civil estava em nível laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) para todo o dispositivo desde terça-feira. O alerta amarelo (o terceiro da escala) significa um grau de gravidade moderado, existindo a possibilidade de ocorrência de fenómenos que, não sendo invulgares, podem representar um dano potencial para pessoas e bens.

A ANEPC tem quatro 'Estados de Alerta Especial' (Azul, Amarelo, Laranja e Vermelho), que determinam o reforço da monitorização e incremento do grau de prontidão do dispositivo.