A noite de 7 para 8 de dezembro marcou o início do período de chuvas intensas que têm afetado o país. O IPMA chegou a emitir o aviso vermelho, mas a Proteção Civil não fez chegar à população qualquer mensagem de aviso.
A noite de quinta-feira da passada semana ficou marcada pela chuva forte que afetou, com mais intensidade, a região de Lisboa. O temporal causou inundações em vários pontos da capital e arredores.
Antes das condições meteorológicas terem-se agravado, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já tinha dado o alerta para a incidência de precipitação abundante nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo.
Por volta das 22:30, o IPMA chegou mesmo a emitir o alerta vermelho para Lisboa.
Perante este cenário, em momento algum a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) enviou mensagens de alerta à população, de modo a que pudessem ter sido tomadas medidas preventivas por parte dos habitantes das zonas que viriam a ser mais afetadas.
Em resposta às críticas de que a ANEPC tem sido alvo, a secretária de Estado da Administração Interna explicou o porquê de não terem sido enviados alertas via SMS.
Patrícia Gaspar referiu que “não fazia sentido quando a situação já estava em curso”, uma vez que a ANEPC apenas “percebeu o que estava a acontecer" quando "as coisas já estavam a acontecer”.
Esta semana ANEPC enviou avisos
Relativamente à intempérie que esta semana afetou, sobretudo, a área de Lisboa e Vale do Tejo e ao facto de, desta vez, terem sido enviadas mensagens de aviso à população, a secretária de Estado justificou a situação com o facto de ter havido “informação atempada” e que “o fenómeno era diferente”.
"Houve uma capacidade superior ao nível da antecipação. E como tivemos essa capacidade de antecipação fez sentido emitir o alerta preventivo", acrescentou Patrícia Gaspar.