Este balanço foi divulgado num momento em que centenas de apoiantes de Morsi deixaram a praça Rabaa al-Adawiya, o seu último bastião no Cairo.
Imagens transmitidas em direto pela televisão pública mostravam manifestantes a sair do local, sob vigilância das forças policiais.
Um responsável pela segurança disse à France Presse que as forças da ordem deixaram passar os que quiseram abandonar o local, mas alguns apoiantes do presidente deposto ainda permanecem na praça e há confrontos com as forças da ordem numa das entradas.
Foram também registados cerca de 874 feridos na sequência de confrontos entre apoiantes do presidente deposto e a polícia em várias regiões do país.
O maior número de vítimas registou-se na província de Miniya, no sul do Egito, e na Praça Rabaa, na capital, onde os apoiantes do ex-chefe de Estado estiveram acampados desde o início de julho.
De acordo com o Ministério da Saúde, também há feridos e vítimas mortais nas províncias de Beheira e Daqahiliya (norte); Suez (este), Luxor (sul) e Alexandria (norte).
Os distúrbios por todo o país começaram após o início da operação policial que visou desmontar os acampamentos de protesto e dispersar as concentrações de seguidores de Morsi, maioritariamente membros da Irmandade Muçulmana.
Em Miniya, várias igrejas cristãs coptas foram atacadas por militantes islâmicos em represália contra a operação policial.
Entretanto, a presidência egípcia decretou o estado de emergência em todo o país durante o período de um mês.
Com Lusa