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Governo confirma 149 mortos em confrontos no Egipto

As operações da polícia e do exército para dispersar manifestantes que apoiam o presidente deposto do Egito Mohamed Morsi fizeram 149 mortos em todo o país, afirmou hoje o Ministério da Saúde.

© Mohamed Abd El Ghany / Reuters

Este balanço foi divulgado num momento em que centenas de apoiantes de Morsi deixaram a praça Rabaa al-Adawiya, o seu último bastião no Cairo.

Imagens transmitidas em direto pela televisão pública mostravam manifestantes a sair do local, sob vigilância das forças policiais. 

Um responsável pela segurança disse à France Presse que as forças da ordem deixaram passar os que quiseram abandonar o local, mas alguns apoiantes do presidente deposto ainda permanecem na praça e há confrontos com as forças  da ordem numa das entradas. 

Foram também registados cerca de 874 feridos na sequência de confrontos entre apoiantes do presidente deposto e a polícia em várias regiões do país.

O maior número de vítimas registou-se na província de Miniya, no sul  do Egito, e na Praça Rabaa, na capital, onde os apoiantes do ex-chefe de Estado estiveram acampados desde o início de julho. 

De acordo com o Ministério da Saúde, também há feridos e vítimas mortais nas províncias de Beheira e Daqahiliya (norte); Suez (este), Luxor (sul)  e Alexandria (norte). 

Os distúrbios por todo o país começaram após o início da operação policial  que visou desmontar os acampamentos de protesto e dispersar as concentrações  de seguidores de Morsi, maioritariamente membros da Irmandade Muçulmana.

Em Miniya, várias igrejas cristãs coptas foram atacadas por militantes islâmicos em represália contra a operação policial. 

Entretanto, a presidência egípcia decretou o estado de emergência em todo o país durante o período de um mês. 

Com Lusa