A decisão divulgada na segunda-feira pela justiça europeia deverá obrigar a Espanha a libertar 54 militantes do grupo armado basco, cuja detenção foi prolongada com base na designada "doutrina Parot", uma polémica jurisprudência que entrou em vigor em 2006.
Os 17 juízes do tribunal da Audiência Nacional em Madrid seguiram hoje o pedido da Procuradoria espanhola que considerou que "a resolução de Estrasburgo é clara na medida a tomar para restabelecer os direitos" da militante e pede "que seja garantida a libertação de Ines Del Rio o mais rapidamente possível".
Ines Del Rio, de 55 anos, foi condenada entre 1988 e 2000 por 24 assassínios ocorridos durante atentados da ETA, como o da Praça da República Dominicana em Madrid, em que morreram 12 agentes da Guarda Civil, a 14 de julho de 1986. Com a aplicação da "doutrina Parot" só seria libertada em 2017.
Detida numa prisão da Corunha, na Galiza (noroeste de Espanha), Inès Del Río deve ser libertada ainda hoje.
Lusa