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Governo de Cuba diz que cumprimento de Obama é um "sinal de esperança" 

O surpreendente aperto de mão dado pelo presidente  dos Estados Unidos ao seu homólogo de Cuba, durante as cerimónias fúnebres  de Nelson Mandela, hoje em Joanesburgo, foi recebido em Havana como um "sinal  de esperança". 

© Kai Pfaffenbach / Reuters

No portal do Governo cubano, é mostrada a fotografia do momento histórico,  com a seguinte legenda: "Obama cumprimenta Raul: que esta imagem possa ser  o princípio do fim das agressões dos Estados Unidos contra Cuba". 

Quando se dirigia para o palco, onde discursou, Obama cumprimentou,  com um aperto de mãos, o líder de Cuba, Raul Castro, num sinal da vontade  de se aproximar do regime inimigo dos Estados Unidos, disse à agência noticiosa  francesa AFP um responsável norte-americano.   

Nos últimos 60 anos, esta foi a segunda vez que os presidentes dos dois  países, antagonistas desde os tempos da 'Guerra Fria', se tocaram, tendo  a primeira acontecido há 13 anos, na Cimeira do Milénio, em Nova Iorque.

"Não podia sair a correr só para evitar cumprimentá-lo", explicou o  então Presidente de Cuba, Fidel Castro, relembrando o momento em que teve  de cumprimentar Bill Clinton, um encontro que durou 20 segundos. "Teria  sido extravagante e mal educado fazer qualquer outra coisa" que não fosse  um cumprimento protocolar, acrescentou o líder histórico cubano. 

Lusa