Os presos da organização terrorista basca divulgaram esta posição num comunicado publicado no portal Naiz.info.
A nota informativa referiu que os presos "assumem toda a responsabilidade sobre as consequências" das suas atividades, bem como manifestam "vontade de analisar a responsabilidade" de cada um dos elementos "dentro de um processo negociado que reúna condições e garantias suficientes".
Os detidos pedem um processo "faseado" que seja realizado dentro de um "período razoável".
Para a presidente da Associação das Vítimas de Terrorismo, Ángeles Pedraza, o comunicado dos presos da ETA trata-se de uma nova estratégia para ficarem impunes, defendendo ainda que se estes admitem os danos provocados também devem cumprir integralmente as respetivas penas.
Em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, Pedraza qualificou o comunicado dos prisioneiros como "muito triste".
"Se assumem os danos provocados que admitam também que devem cumprir as penas de forma integral e colaborar com a justiça", reagiu a responsável.
A ETA, considerada responsável pela morte de 829 pessoas, em 40 anos de atentados, anunciou, a 20 de outubro de 2011, que renunciava definitivamente à violência.
Lusa