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Líder palestiniano pede no Vaticano Palestina livre, Presidente de Israel diz que a paz pede sacrifícios

O presidente da Autoridade Palestiniana  pediu hoje no Vaticano liberdade para a Palestina, e um "Estado soberano  e independente", enquanto o Presidente de Israel apelou para a luta pela  paz no Médio Oriente, sublinhando que requer "sacrifícios e compromissos".

No final da oração, foi plantada uma oliveira, árvore venerada por judeus, cristão e muçulmanos, símbolo da longevidade e da paz / Reuters
© Max Rossi / Reuters
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O chefe da Igreja Católica ladeado pelo muçulmano Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, pelo judeu Shimon Peres, Presidente de Israel / Reuters
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Papa Francisco cumprimenta o Presidente de Israel, Shimon Peres / Reuters
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Papa Francisco cumprimenta o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas / Reuters
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Bandeiras palestinianas na Praça de S. Pedro / Reuters
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O chefe da Igreja Católica ladeado pelo muçulmano Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, pelo judeu Shimon Peres, Presidente de Israel / EPA
CLAUDIO PERI
O presidente da Autoridade Palestiniana, o chefe da Igreja Católica, o Presidente de Israel e o líder espiritual dos cristãos ortodoxos / Reuters
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O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, que hoje participou  numa oração conjunta com o papa Francisco e o presidente israelita, Shimon  Peres, pela paz no Médio Oriente, assegurou em nome dos palestinianos que  estes querem a paz para si e para os seus vizinhos.  

Abbas garantiu que "a reconciliação e a paz" são os objetivos dos palestinianos  e disse no seu discurso nos jardins do Vaticano: "Aqui estamos, Deus, inclinados  para a paz. Faz firmes os nossos passos e coroa os nossos esforços e empenho  com o êxito".  

O presidente palestiniano interveio depois do papa e de Shimon Peres,  tendo formulado o seu desejo de que a Palestina, e Jerusalém em particular,  sejam "uma terra segura para todos os crentes e um lugar de oração e veneração  para os seguidores das três religiões monoteístas", agradecendo ainda a  iniciativa de Francisco. 

Shimon Peres instou à luta pela paz no Médio Oriente com todas as forças,  ainda que tenha reconhecido que isso requere "sacrifícios e compromissos".

"A paz não se consegue facilmente. Devemos lutar com todas as nossas  forças para chegar até ela", disse, expressando também o desejo de que "a  verdadeira paz se possa converter na nossa herança breve e rápida". 

"Temos que procurar a paz. Cada ano. Todos os dias. Nós cumprimentamo-nos  com esta bênção: 'Shalom, 'Salam' [que significam paz, bem-estar]. E devemos  ser dignos do significado profundo e exigente desta bênção. Ainda que a  paz pareça muito longe, devemos ir atrás dela, para nos aproximarmos dela",  disse Peres, acrescentando que israelitas e palestinianos "desejam ardentemente  a paz". 

Peres recordou que durante a viagem do papa à Terra Santa, Francisco,  "com a sinceridade das suas intenções, a sua modéstia e a sua bondade tocou  o coração das pessoas, independentemente da sua fé ou nacionalidade", definindo  o sumo pontífice como "um construtor de pontes de fraternidade e paz". 

A 25 de maio, em Belém, perante uma multidão de fiéis, Francisco anunciou  o convite ao chefe de Estado de Israel e ao presidente da Autoridade Palestiniana  "para se juntarem  1/8com o papa 3/8 numa oração para pedir a Deus o dom da paz".

 No regresso de uma peregrinação à Terra Santa, no final de maio, Francisco  fez questão de esclarecer, junto dos jornalistas, a ideia de uma oração  a três, à medida que cresciam as especulações sobre uma possível mediação  do Vaticano.   

Lusa