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António Guterres condena "escalada perigosa" com míssil da Coreia do Norte

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje, vivamente, o disparo pela Coreia do Norte de um míssil balístico apresentado por Pyongyang como um míssil intercontinental, que qualificou como "escalada perigosa".

António Guterres condena "escalada perigosa" com míssil da Coreia do Norte
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"Esta ação é uma nova violação das resoluções do Conselho de Segurança e constitui uma escalada perigosa", declarou Guterres em comunicado.

Os "dirigentes (de Pyongyang) devem evitar outras ações provocatórias e submeteram-se integralmente às suas obrigações internacionais", acrescentou o secretário-geral.

O Conselho de Segurança da ONU deverá reunir de urgência, quarta-feira, sobre a questão coreana, após o pedido feito pelos Estados Unidos à China, que preside àquele órgão este mês.

Relativamente aos pontos de vista divergentes de Pequim e de Washington sobre o dossier norte-coreano, Guterres insistiu na importância de manter a unidade da comunidade internacional, face a "este sério desafio".

A China é favorável às negociações entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional, sujeitas ao desmantelamento por Pyongyang do seu arsenal nuclear, enquanto os EUA reforçam que Kim Jong-un e o seu regime devem, desde já, cessar totalmente os testes de mísseis e os testes nucleares.

O míssil balístico lançado, terça-feira, pela Coreia do Norte, voou mais tempo do que qualquer prova de mísseis norte-coreanos levada a cabo até agora, 37 minutos, o que significa que o regime de Kim Jong-un poderia ter a capacidade de atacar o Estado do Alaska.

É a primeira vez que Pyongyang logra lançar um míssil com estas características de forma aparatosa

O Pentágono continua a investigar este lançamento para ter uma análise mais detalhada do ensaio, o 11.º este ano e o primeiro desde 08 de junho, o qual chegou a voar por 30 minutos.

Este novo lançamento já foi condenado por vários países e pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vai reunir, quarta-feira, o Conselho de Segurança para analisar a questão e alegadamente impôr novas sanções à Coreia do Norte.

Lusa