De acordo com Ayub Gasim, a primeira das três embarcações foi detetada ao largo de Qarabuli, cidade que é um dos núcleos de tráfico de migrantes no oeste da Líbia. As duas restantes encontravam-se também nas proximidades.
"Nestas embarcações viajavam ao todo 345 pessoas, incluindo 39 mulheres e 15 crianças, quase todas de países da África subsariana.
Foram todas levadas para uma base naval próxima de Tripoli, a partir da qual serão mudadas para centros de acolhimento", indicou, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Na sexta-feira, as autoridades líbias tinham anunciado o desaparecimento de perto de uma centena de pessoas, na mesma zona, na sequência do naufrágio da embarcação a bordo da qual tentavam alcançar as costas europeias.
A Líbia é um importante país de trânsito de migrantes que fogem de conflitos ou da miséria em países da África subsariana ou do Médio Oriente e tentam chegar à UE.
Os traficantes de pessoas exploram a desordem instalada no país desde o fim do regime de Muammar Kadhafi, em 2011.
Os líderes da UE, reunidos em cimeira, alcançaram na sexta-feira um acordo sobre migrações que prevê a criação de plataformas de desembarque regionais de migrantes e de centros controlados nos Estados-membros, bem como o reforço do controlo das fronteiras externas.
Em 2017, mais de 171.635 migrantes chegaram à Europa e 3.116 morreram no mar, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A mesma organização indicou que, durante este ano, 16.394 pessoas conseguiram alcançar as costas europeias através da chamada "rota central", que parte da Líbia, enquanto 635 morreram afogadas.
Esta semana, patrulhas líbias intercetaram cerca de 1.200 migrantes ao largo da costa oeste do país.
Lusa