Uma diplomata alemã morreu nas explosões de terça-feira em Beirute, que fizeram pelo menos 137 mortos e milhares de feridos, anunciou esta quinta-feira o ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
"Os nossos piores temores confirmaram-se. Um membro da nossa embaixada em Beirute morreu no seu apartamento na sequência da explosão. Todos os membros do Ministério dos Negócios Estrangeiros estão em luto", disse o ministro, Heiko Maas, num comunicado.
O edifício da embaixada alemã ficou danificado na explosão.
Responsáveis pelo porto de Beirute em prisão domiciliária
A CNN avança que um carregamento maciço de fertilizantes agrícolas ficou armazenado - de acordo com as autoridades - no porto de Beirute sem precauções de segurança durante vários anos, apesar dos avisos das autoridades locais.
A carga de 2.750 toneladas métricas de nitrato de amónio terá chegado a Beirute num navio de propriedade russa em 2013.
O navio, chamado MV Rhosus e que estava destinado a Moçambique, parou em Beirute devido a dificuldades financeiras.
Depois de chegar à capital libanesa, o navio nunca deixou o porto de Beirute, segundo o diretor de alfândega do Líbano, Badri Daher e apesar dos avisos feitos pelo diretor, que alertava a tripulação de que a carga era o equivalente a "uma bomba flutuante".
Os responsáveis pelo porto de Beirute estão em prisão domiciliária enquanto estiverem a decorrer as investigações às explosões, que ocorreram na terça-feira na capital do Líbano.
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