Terminadas as convenções dos partidos Democrata e Republicano, com vista às eleições presidenciais norte-americanas que se realizam a 3 de novembro, mantém-se a troca de acusações entre Donald Trump e Joe Biden.
Desta vez, o tema central foram as manifestações contra o racismo e a violência policial, mais concretamente em Kenosha, no estado de Winsconsin, onde o afro-americano Jacob Blake foi alvejado sete vezes nas costas, pela polícia. Os protestos ganharam nova força com a morte.
Joe Biden acusou Trump da dimensão e do impacto dos protestos que ocorreram durante a sua governação, acrescentando que o Presidente norte-americano provoca uma divisão entre a população.
Trump "não consegue parar com a violência porque durante anos se fomentou dela", afirmou Biden.
Trump defende adolescente que matou duas pessoas durante protestos
Em sua defesa, o Presidente dos EUA disse que Joe Biden estava do lado dos manifestantes "anarquistas", e assumiu-se como o líder capaz de garantir a "lei e a ordem", defendendo Kyle Rittenhouse, o adolescente de 17 anos que matou dois homens durante os protestos em Kenosha, e apoiante de Trump.
Donald Trump considera que o rapaz agiu em legítima defesa, e justificou a sua opinião com de forma caricata.
"É uma situação interessante. Ele (Kyle Rittenhouse) estava a tentar fugir dos manifestantes, penso eu, é o que parece, e caiu. E depois de forma muito violenta atacaram-no. Ele estava em apuros", concluiu Trump.
Trump vai visitar as forças policiais de Kenosha
Donald Trump vai deslocar-se esta terça-feira a Kenosha, onde tem encontro marcado com as forças policiais.
O Governador do Estado de Wisconsin, o democrata Tony Evers, numa carta enviada à casa branca, pediu ao Presidente norte-americano para cancelar a sua viagem de forma a que se evite um novo escalar de tensão entre os manifestantes.
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