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Médio Oriente. Enviado do Governo dos EUA chegou a Telavive para mediar conflito

Os combates, os mais graves desde 2014, iniciaram-se em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental.

Médio Oriente. Enviado do Governo dos EUA chegou a Telavive para mediar conflito
HAITHAM IMAD

Um enviado do Governo dos EUA chegou esta sexta-feira a Telavive para tentar mediar o conflito israelo-palestiniano, no dia em que morreram mais 10 palestinianos na Cisjordânia ocupada, em confrontos com o exército israelita.

O subsecretário adjunto para os Assuntos Palestinianos e Israelitas do Departamento de Estado norte-americano, Hady Amr, chegou esta sexta-feira a Telavive para "reforçar a necessidade de trabalhar em prol de uma pacificação sustentável, reconhecendo a Israel o direito à autodefesa", nas palavras de um comunicado esta sexta-feira emitido pela Embaixada dos EUA em Jerusalém.

Hady Amr chegou a Israel no dia em que o Ministério da Saúde da Palestina anunciou a morte de 10 palestinianos na Cisjordânia ocupada, durante o dia, após confrontos com o exército israelita, em mais um momento de escalada de tensões e de manifestações violentas.

Os combates, os mais graves desde 2014, iniciaram-se em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do Islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Na Cisjordânia, outro dos palcos do conflito, a maioria dos 10 palestinianos mortos foi vítima de disparos por parte das autoridades israelitas, durante manifestações que se transformaram em violentos confrontos, em várias localidades.

Também cerca de 150 pessoas ficaram feridas com balas, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina.

Os manifestantes protestavam contra a expansão dos colonatos israelitas, que são ilegais à luz do direito internacional, mas também contra os bombardeamentos de Israel contra localidades da Faixa de Gaza, que se iniciaram na segunda-feira e já provocaram mais de 120 mortos, incluindo 31 crianças, e fizeram mais de 900 feridos.

"Gaza está a ser atacada" e "A vida dos palestinianos é importante" foram algumas das palavras de ordem inscritas em placas transportadas pelos manifestantes em Nablus.

Esta sexta-feira, o Ministério da Saúde da Palestina pediu aos cidadãos para doarem sangue, com receio de falta de capacidade de resposta dos hospitais perante novos confrontos violentos na Cisjordânia ocupada, um território palestiniano separado do enclave de Gaza por solo israelita.