A declaração de vitória dos talibãs precipitou a saída do pessoal diplomático da esmagadora maioria das embaixadas em Cabul. A comunidade internacional hesita em reconhecer legitimidade a um futuro governo liderado pelos radicais islâmicos.
Vinte anos depois da entrada das tropas ocidentais no Afeganistão e da queda dos talibãs, a ofensiva relâmpago do grupo radical islâmico obrigou à saída precipitada de centenas de diplomatas. Apesar de duas décadas no terreno, a maior parte das embaixadas não conseguiu antecipar o assalto a Cabul e a forma como os talibãs, sem enfrentarem resistência, regressam ao poder.
Londres não coloca de parte o reconhecimento do futuro governo talibã. A China diz esperar ter relações amistosas com os talibãs, enquanto Moscovo agendou para esta terça-feira uma reunião entre o embaixador, que permanece em Cabul, e representantes dos militantes.
O ainda presidente afegão deixou Cabul, enquanto o ex-presidente Hamid Karzai anunciou que vai ficar para ajudar a negociar uma transição pacífica.
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