Marcos Farias Freitas esteve na SIC Notícias para fazer o balanço da governação de Angela Merkel na Alemanha. Os alemães foram este domingo a votos para escolher a constituição do vigésimo Bundestag (Parlamento Federal) do pós-guerra, depois de 16 anos de governação de Angela Merkel.
"Merkel é uma pessoa que gere circunstâncias, gere crises"
O professor de Relações Internacionais do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP - considera que os governos de Merkel "foram mais de gestão dos assuntos correntes do que de transformação".
"A prazo, isso leva a certo mau estar dentro da sociedade. A vontade de transformação, mais cedo ou mais tarde, aparece", sublinha.
Marcos Farias Freitas diz que foram 16 anos marcados por diferentes crises: "a crise do Euro, a crise das relações com a Rússia a propósito da Ucrânia, o agravamento da crise climática, a crise de refugiados e uma pandemia".
"A forma como o seu legado é visto tem que ver com a maneira como o Governo e ela geriram estas crises", remata.
O professor universitário reforça a importância destas eleições não só para o país, como também para a Europa.
"São eleições importantes para a Alemanha, mas importantíssimas para a Europa", afirma.
RESULTADOS DETERMINAM O CURSO DAS NEGOCIAÇÕES PARA FUTURO GOVERNO DA ALEMANHA
Atualmente o Parlamento Federal alemão tem 709 deputados, tratando-se do segundo maior órgão legislativo do mundo, a seguir à Assembleia Nacional Popular da República Popular da China, em número de representantes.
Os resultados deste domingo vão determinar o curso das negociações para a formação do futuro Governo da Alemanha.
Os 60,4 milhões de eleitores alemães votaram para escolher os deputados do Bundestag, a câmara baixa do parlamento federal, em eleições legislativas que porão fim à era de Angela Merkel.
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