O Governo de Madrid aprovou mais 214 milhões de euros de ajuda destinados aos afetados pela erupção em La Palma. O vulcão mantém uma atividade intensa e aumentaram os sismos na zona sul da ilha.
Uma espessa camada de cinzas cobre as ruas do porto de Naos. A povoação está praticamente deserta. É uma das zonas mais atingidas pela erupção do Cumbre Vieja, mas o Governo local assegura que a maior parte da ilha continua a ser segura e esta terça-feira apelou aos turistas para que não deixem de visitar as Canárias.
Com o vulcão em plena atividade, a expelir lava em grande força e a emitir gases para a atmosfera, os chamados caçadores de vulcões parecem ser dos poucos a querer permanecer na ilha.
Para os habitantes da ilha, os constantes abalos sísmicos, mais de 12 sentidos desde sábado, a tristeza de ver parte da ilha submergida pela lava, as incertezas quanto ao futuro não se apagam perante as imagens impressionantes da natureza em ebulição.
Na zona de exclusão a lava submergiu parcialmente casas nas últimas horas.
Os peritos não excluem a hipóteses de novas crateras se abrirem e a lava seguir trajetórias diferentes e atingir o que tem conseguido escapar.
Para mais de 600 famílias, o despertar do Cumbre Vieja destruiu-lhes as casas. A outros, os negócios e os terrenos de cultivo. Alguns nem água têm depois da lava ter destruído as condutas de abastecimento.
Veja mais:
- Vulcão de La Palma: pessoas desalojadas puderam ir à zona de exclusão recolher bens e documentos
- Governo local não descarta hipótese de novos confinamentos em La Palma
- Grande atividade sísmica detetada nas Canárias
- Vulcão de La Palma: primeiro-ministro espanhol anuncia 200 milhões de euros para reconstrução
- Lava do vulcão Cumbre Vieja avança imparável, 70 edifícios destruídos em 24 horas em La Palma
- IPMA confirma que partículas de vulcão de La Palma chegaram aos Açores