A Florida continua em estado de emergência por causa do Furacão Ian. Apesar dos ventos ainda ultrapassarem os 200 quilómetros/hora, o furacão perdeu intensidade e passou agora para a categoria 2.
"Estamos na época alta dos ciclones tropicais no Atlântico, setembro e outubro", mas nos últimos anos tem-se verificado um aumento da intensidade destes fenómenos, refere o meteorologista Nuno Lopes.
O furacão Ian esteve na categoria 4, desceu para a categoria 3 e, ao entrar em terra, baixou para 2.
"O que é normal, quando entram em terra, como é este caso, perdem rapidamente intensidade porque eles alimentam-se, o combustível deles está relacionado com a presença da água, com valores elevados de temperatura da água".
"É necessária uma temperatura da água do mar de 26ºC para que se possa formar um ciclone tropical",- embora nos últimos anos se tenha verificada a formação de tempestades com temperaturas inferiores, explica.
“Há uma relação direta entre a temperatura da água do mar e a formação dos ciclones tropicais (...) e uma atmosfera mais quente também permite maior conteúdo de vapor de água que se transforma em precipitação intensa”, conclui.