Esta terça-feira, decorrem nos Estados Unidos a eleições intercalares. As últimas sondagens apontam para uma vantagem dos Republicanos. A alteração na relação de forças no Congresso poderá dificultar o segundo mandato de Joe Biden.
A primeiras assembleias de voto abriram na costa leste às 06:00 (11:00 em Lisboa). A imensidão do território comporta vários fusos horários, o que também irá determinar um encerramento das urnas cadenciado. O último estado a encerra as urnas é o Alasca, já depois da meia-noite.
O mais natural é que só se conheça o partido vencedor das intercalares mais próximo do final da semana. O compasso de espera poderá voltar a ser usado por alguns candidatos para questionarem a autenticidade dos resultados da votação – como aconteceu nas eleições de 2020.
Alguns analistas temem um ambiente propício à violência. Os serviços de informação emitiram alertas ainda durante a campanha. Joe Biden advertiu que está em jogo a própria democracia. Se muitos norte-americanos partilham dessa preocupação, a maioria está atentos à carteira.
A forte polarização dos eleitores poderá contribuir para uma maior afluência às eleições. O voto antecipado, presencial e por correspondência é revelador: mais de 40 milhões votaram nas últimas semanas.
Nestas eleições estão em disputa os 435 lugares da Câmara dos Representantes – onde os democratas detêm uma estreita maioria de cinco assentos – e 35 lugares no Senado – que representam cerca de um terço –, onde os democratas também têm maioria, mas graças ao voto de desempate da vice-Presidente, Kamala Harris.
Só em três das últimas 25 eleições intercalares é que a vitória foi do partido que controla a Casa Branca. A esse facto estatístico, soma-se a fraca popularidade de Biden, revelada nas últimas sondagens, e os esforços externos para influenciar os eleitores.
Estas eleições podem mudar não apenas a face do Congresso, mas os Governos em dezenas de Estados.