Está prestes a começar o julgamento da Tesla depois de um acidente, há dois anos, ter provocado a morte de uma pessoa. O condutor diz que o carro acelerou sozinho e que os travões falharam. Este não é o único caso de anomalia registada num carro da marca.
Foi em dezembro de 2020 que Choi Woan-Jong, o motorista do carro acidentado, perdeu o controlo do veículo em que seguia juntamente com um conhecido advogado e amigo próximo do presidente sul coreano.
O condutor sofreu uma perfuração do intestino e teve de ser operado e desde então toma medicação diariamente e não consegue arranjar emprego. O outro passageiro não sobreviveu ao embate e faleceu no local.
Dois anos passaram e Woan-Jong ainda não encontrou uma explicação para o que aconteceu.
“Parecia que o carro estava a ser empurrado por algo. Depois acelerou subitamente e fiquei estupefacto e carreguei no travão. Mas estava fora de controlo, por isso voltei a carregar no travão e disse ao proprietário do carro que tinha sido uma aceleração súbita”, conta o antigo motorista.
O sobrevivente foi acusado de homicídio involuntário e há dois anos que tenta provar a sua inocência, mas sem sucesso.
“Detesto ver carros Tesla. Viro a cabeça quando vejo os logótipos da Tesla ou qualquer carro parecido com a Tesla, mesmo à distância. Não consigo olhar para eles. Agora tenho medo até de carros em geral e não tenho fé em carros. Sinto que podem vir contra mim”, revela Woan-Joan.
Há registo de 1800 queixas na Coreia do Sul
Este não é o primeiro acidente com carros da Tesla, ainda no início deste mês, câmaras de segurança de uma cidade do sudeste da China captaram o momento em que um automóvel acelerou e foi colhendo várias pessoas e veículos ao longo de 2 kms, até embater contra uma loja.
A empresa criada por Elon Musk, parece ter-se blindado com uma série de regulamentos que a têm impedido a Tesla de ser responsabilizada criminalmente pelo menos na Coreia do Sul, onde há registo de mais de 1800 queixas.
Até ao momento a empresa fundada por Elon Musk ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
Outra das empresas do bilionário norte-americano é o Twitter, onde vários programadores continuam a ser despedidos. Os que ainda restam veem-se obrigados a trabalhar mais horas e mais intensamente, o que tem levado a várias demissões.