A Turquia afirmou esta terça-feira que os últimos bombardeamentos que efetuou deixaram "fora de combate" 184 alegados guerrilheiros curdos no norte da Síria e do Iraque, enquanto mantém ataques de artilharia contra cidades no norte do território sírio.
"A nossa luta vai continuar até que o último terrorista seja neutralizado", disse o ministro turco da Defesa, Hukusi Akar, após ter afirmado que "184 terroristas foram neutralizados" desde o início da operação.
Na linguagem militar turca, "neutralizados" significa que o inimigo "ficou fora de combate", morreu ou foi capturado.
Akar disse que o balanço provisório da operação - que começou no passado fim de semana - foi comunicado pelos comandantes do Exército envolvidos nos combates.
Os ataques têm sido dirigidos contra a milícia Unidade de Proteção Popular (YPG), na Síria e contra alegadas posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no Iraque.
Ancara classifica como terrorista não apenas o PKK mas também as milícias YPG, aliadas dos Estados Unidos na luta contra o grupo Estado Islâmico, na região.
Ao contrário do YPG, os Estados Unidos e a União Europeia também consideram "terrorista" o PKK.
A imprensa da Turquia apresentou a campanha militar de Ancara projetada no sábado como represália pelo atentado de 13 de novembro e que fez seis mortos em Istambul.
O atentado foi atribuído ao YPG e à secção síria do PKK.
Os dois grupos já negaram qualquer envolvimento no atentado.
"Responsabilizamos (o PKK e o YPG) de todas as atrocidades que se cometeram em Istambul na semana passada", disse o ministro citado pela agência oficial turca, Anadolu.
O ministro culpou também as milícias curdas pelos ataques com foguetes de artilharia disparados na segunda-feira da Síria e que fizeram dois mortos e seis feridos na Turquia.
As regiões iraquianas de Kandil, Asos, Hakurk e as zonas sírias de Arap Sping, Manbij, Zor Cavem Tel Rifat, Cizire e Defrif.
O mesmo ministro frisou que as ações militares turcas vão continuar, em linha com o que foi ordenado com o Presidente, Recep Tayyip Erdogan, vaticinando que o "vai aumentar o número de terroristas neutralizados".
De acordo com o jornal turco Hurriyet, o Governo de Ancara não excluiu a possibilidade de uma nova operação terrestre na Síria, onde já se encontram tropas que combatem as milícias curdas nas zonas de fronteira.