A Presidente do Peru, Dina Boluarte, garantiu que irá permanecer em funções e criticou o Parlamento por impedir a antecipação de eleições gerais, medida que poderia travar os protestos provocados pela destituição do ex-chefe de Estado Pedro Castillo.
"O que resolveria a minha demissão? Vamos ficar aqui, firmes, até que o Congresso decida antecipar as eleições. (...) Peço que reconsiderem a votação", disse Boluarte, dirigindo-se aos deputados que, na sexta-feira, rejeitaram a antecipação de eleições.
A reforma constitucional proposta por Boluarte aponta para a antecipação das eleições gerais para dezembro de 2023, requerendo ainda a redução dos mandatos presidencial e parlamentar até 30 de abril do ano seguinte.
A medida teve o apoio de apenas 49 deputados, havendo 33 votos contra e 25 abstenções, impedindo a reforma constitucional.
"Sejam honestos com o povo. (...) Abstenção é o mesmo que não", defendeu Boluarte, após a reunião do Conselho de Ministros, na qual foi pedir para que se evitem "políticas de vingança".
Protestos no Peru
Nas últimas semanas, os peruanos têm saído à rua em diversas partes do país para contestar a detenção do ex-Presidente Pedro Castillo, em 07 de dezembro, após este ter tentado dissolver o parlamento, no que foi entendido