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Dois anos depois do ataque ao Capitólio, FBI ainda procura 350 suspeitos

Familiares e vítimas do ataque participaram numa cerimónia à frente da Câmara dos Representantes.

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Dois anos depois, os Estados Unidos ainda não sararam as feridas provocadas pelo ataque ao Capitólio. A invasão do edifício governativo aconteceu no dia 6 de janeiro de 2021.

Nos órgãos políticos da capital dos Estados Unidos ainda perduram pequenos sinais de um mal estar maior. Em frente à Câmara dos Representantes, familiares e vítimas do ataque ao Capitólio participam numa cerimónia onde apenas comparecem democratas.

Não longe dali, junto ao Supremo Tribunal realiza-se uma outra manifestação, que exibe os sinais inquietantes de que algo continua mal na democracia norte-americana: cidadãos continuam a negar a vitória da Joe Biden nas eleições de 2020.

É uma pequena amostra do que por ali se passou dois anos antes, quando as multidões convocadas de véspera vieram para a capital para lutar. Dois meses depois das eleições, o ainda presidente, Donald Trump, arrastava a recusa da aceitação da derrota.

Em menos de nada, a multidão enfurecida e armada dirigiu-se ao Capitólio. Milícias radicais causaram estragos e furaram uma mal equipada segurança para invadir a sala onde decorria a certificação dos resultados eleitorais.

Congressistas e demais funcionários tiveram de procurar refúgio. Os prejuízos foram de milhões de dólares, houve sete mortes e pelo menos 140 feridos.

Dois anos depois, foram detidos dos 950 elementos. Um terço foi a julgamento, 150 ficaram presos, mas o FBI ainda procura 350 suspeitos, com recompensas de milhares de dólares.

A comissão parlamentar do congresso apresentou resultados no final do ano passado e concluiu que o antigo Presidente, Donald Trump, incitou à violência e, por isso, não deve voltar a ocupar cargos públicos.

A recomendação ao Departamento de Justiça inclui quatro crimes: incitamento à insurreição, conspiração contra o Estado, obstrução do congresso e declarações falsas. Cabe agora ao procurador Merrick Garland, decidir se vai agir criminalmente contra Donald Trump, recandidato às eleições presidenciais de 2024.