Pelo menos 300 pessoas foram detidas na sequência da invasão aos edifícios estatais e de justiça do distrito federal do Brasil, numa tentativa de derrubar o Governo.
A informação foi avançada pela Polícia Civil de Brasília, que informou através do Twitter que "as investigações seguem até que o último integrante seja identificado".
Os presos, descritos como apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro, invadiram e destruíram parte das infraestruturas das sedes do Congresso, da Presidência e do Supremo Tribunal, no domingo.
O número de detidos por vir a aumentar, segundo o ministro das Justiça do Brasil.
Flávio Dino adiantou ainda que foram apreendidos cerca de 40 autocarros que chegaram a Brasília com centenas de apoiantes de Bolsonaro.
Esta madrugada, o Supremo Tribunal Federal determinou o afastamento do governador do distrito federal por 90 dias.
Ibaneis Rocha foi acusado de negligência ao defender uma manifestação política tendo já conhecimento dos planos para invadir e tomar o palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal.
Apoiantes de Bolsonaro roubaram armas
Durante a invasão ao palácio presidencial, os apoiantes de Jair Bolsonaro roubaram armas de fogo, segundo avançaram um ministro e um deputado.
Através das redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência brasileira, Paulo Pimenta, publicou uma fotografia, que mostrava dois estojos de armas de fogo vazios, em cima de um sofá queimado.
Já o deputado Wadih Damous, que acompanhou Paulo Pimenta, sublinhou que os assaltantes "tinham informações" sobre o que estava guardado no Gabinete de Segurança Institucional da presidência, uma vez que levaram armas, munições e documentos.
A invasão a Brasília
Apoiantes do ex-Presidente Bolsonaro, que perdeu as últimas eleições no Brasil, invadiram este domingo as sedes dos edifícios estatais e de justiça do distrito federal do Brasil.
A invasão obrigou a uma intervenção federal para repor a ordem e levou à condenação por parte da comunidade internacional.
Após várias horas, a Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo da sede dos três edifícios invadidos, assim como desocupar por completo a praça dos Três Poderes.
A invasão começou após militantes da extrema-direita e apoiantes de Bolsonaro terem convocado um protesto para a esplanada dos Ministérios, em Brasília.