Pequim afirma que vai defender com firmeza os interesses da China após as declarações de Joe Biden, no seu discurso do Estado da União, sobre os Estados Unidos agirem contra os chineses se sentirem a sua soberania ameaçada.
A tensão entre os dois países aumentou depois do abate de um balão chinês que sobrevoava território dos Estados Unidos.
A Secretaria de Estado norte-americana, o equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Washington, contactou mais de 40 embaixadas, nos últimos dias, sobre o incidente com o balão chinês abatido este sábado.
Fontes diplomáticas dizem que a Casa Branca quer informar dezenas de países aliados dos Estados Unidos sobre a operação e sobre as primeiras conclusões dos peritos que estão a analisar o balão.
As equipas são, sobretudo, de especialistas em tecnologia usada em espionagem, porque os norte americanos não têm quaisquer dúvidas quanto à função do aparelho.
Ao que se sabe, o balão poderá ter sobrevoado o espaço aéreo dos Estados Unidos e do Canadá, durante vários dias, até ser detetado.
Segundo fontes próximas do Pentágono, Pequim terá o hábito de usar balões deste género para recolher informações sobre locais sensíveis em vários países, como o Japão, a Índia, as Filipinas e Taiwan e já os usará há vários anos.
Os jornais norte-americanos dizem que terá sido detetado um outro, na semana passada, sobre a Costa Rica e a Venezuela.
A China continua a negar todas estas acusações, e a dizer que o balão abatido era um aparelho civil, de análise meterológica.
Pequim reafirmou, esta quarta feira, que defenderá com firmeza os interesses chineses.
Uma reacção às palavras de Joe Biden, durante o discurso do estado da nação, onde o presidente norte americano garantiu que agirá contra a China se houver alguma ameaça à soberania dos Estados Unidos.