Milhares de pessoas protestam há vários dias contra a degradação da rede de comboios grega e a tragédia que vitimou mais de 50 pessoas no país. Esta quarta-feira, os transportes públicos estão parados em várias cidades da Grécia, neste que é o oitavo dia consecutivo de greve dos trabalhadores ferroviários.
Os protestos contra o Governo grego têm marcado o quotidiano do país. Milhares de cidadãos protestam contra a degradação da rede ferroviária da Grécia, provocada por anos de negligência do Governo e pela falta de pessoal.
Greve foi convocada pelo sindicato dos funcionários públicos
A greve, convocada pelo sindicato dos funcionários públicos, conta com a adesão dos trabalhadores dos transportes marítimos e urbanos, assim como dos médicos, professores e atores, que, por sua vez, se juntaram ao pessoal do setor ferroviário.
Dezenas de universidades nas principais cidades gregas foram também ocupadas hoje por estudantes que pediram justiça, em relação ao acidente ferroviário que causou 57 mortes e ainda dezenas de feridos, e protestaram contra o Governo grego.
"Vamos derrubá-los", "Assassinos", eram frases escritas numa faixa gigante que os estudantes penduraram na reitoria da Universidade de Atenas.
Primeiro-ministro admitiu a falta de medidas de segurança
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, admitiu no domingo a falta de medidas de segurança e de sistemas de controlo automatizados na rede ferroviária e pediu "perdão" a todos os gregos.
Também no passado domingo, cerca de 10 mil pessoas deslocaram-se em protesto até ao Parlamento, em Atenas, e muitos dos manifestantes envolveram-se em violentos confrontos com a polícia, tendo sido arremessados, inclusive, cocktails molotov.