O polémico influencer Andrew Tate e o seu irmão vão passar para prisão domiciliária depois de terem estado detidos três meses na Roménia.
A última decisão do Tribunal de Bucareste determinava que os dois irmãos ficassem detidos até 29 de abril, mas esta sexta-feira um juiz decretou que fossem libertados, de imediato, passando a cumprir prisão domiciliária.
Os irmãos Tate estão obrigados a permanecer no edifício onde vivem até ordem judicial em contrário. Ambos estão a ser investigados por alegadas agressões e exploração sexual. São também suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa de tráfico de seres humanos.
Segundo as autoridades, as vítimas eram atraídas por Andrew e Tristan Tate com promessas de relação romântica e casamento. As mulheres ficariam depois alojadas em prédios na zona de Ilfov, Bucareste, onde eram alvo de violência física, mental e sexual.
No processo em que Tate está a ser investigado por suspeitas de tráfico humano, constam mensagens que trocava com uma das vítimas.
“Deves entender que uma vez minha, serás sempre minha”, disse o influenciador a 4 de fevereiro do ano passado. E tranquilizava-a: “Nada de mal vai acontecer. Mas tens que estar ao meu lado”, continuou.
Passado um mês, e segundo os investigadores, Tate terá violado a mulher duas vezes ao mesmo tempo que tentava alistá-la numa operação de tráfico humano focada em fazer pornografia para a plataforma online OnlyFans, um site que permite a venda de vídeos explícitos. Os dois ter-se-ão encontrado em Londres em fevereiro e, em março, a mulher já estava na Roménia.
Andrew Tate atraía as vítimas com uma simples mensagem nas redes sociais. A revelação foi feita por duas jovens à BBC, que mostraram e contaram como o influencer as abordou. Mas a ‘fórmula’ para atrair as alegadas vítimas chegou a ser revelada pelo próprio em vários vídeos que publicava nas suas contas nas redes sociais.