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Sudão: avião de ajuda humanitária chega com toneladas de material médico

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Este é o primeiro avião de assistência que chega ao Sudão, desde o início do conflito este mês. Apesar da ajuda ter chegado, muitos cidadãos começam a sair do país, mas sem nunca esquecer o que deixam para trás.

O primeiro avião de ajuda humanitária aterrou este domingo no Sudão com material cirúrgico. Da mesma forma, há cidadãos que já estão a sair do país através de passaportes estrangeiros.

Aterrou este domingo o primeiro avião de ajuda humanitária no Sudão, com um carregamento de oito toneladas de material cirúrgico para ajudar hospitais e voluntários sudaneses. O objetivo é tratar mil e quinhentos pacientes.

O avião partiu da Jordânia e aterrou numa cidade costeira a leste de Cartum. O espaço aéreo está encerrado desde o início dos combates no aeroporto da capital sudanesa.

Com a guerra civil, os cidadãos continuam a querer sair do país, mas há uns que sentem pena pelo que deixam para trás.

“Às vezes sinto que, quando vou embora, sou um traidor do meu país. Estou a deixá-los com esta dor, quando eu tenho a possibilidade de ir e sentir alegria”, confessa Abdullah Ahmed, criança com cidadania do Sudão e dos Estados Unidos.

Outro cidadão considera que, quando se tem oportunidade, com um passaporte estrangeiro, agarra-se. Outros sentem pena, pois “a situação no Sudão não é boa”.

Há duas semanas, o grupo paramilitar sudanês Forças de Apoio Rápido (RSF) anunciou que assumiu o controlo do Palácio Presidencial e do aeroporto na capital sudanesa.

A rivalidade entre dois generais sudaneses, latente há semanas, explodiu no sábado em Cartum, que acordou ao som de explosões e combates. O grupo paramilitar sudanês Forças de Apoio Rápido (RSF) anunciou que assumiu o controlo do Palácio Presidencial e do aeroporto internacional, ambos em Cartum, bem como um aeroporto e uma base aérea na cidade de Marawi, cerca de 350 quilómetros a noroeste da capital.