Os protestos em França chegaram à Bélgica e à Suíça durante o fim de semana. Mais de cem pessoas juntaram-se no sábado à noite no centro da cidade de Lausanne e varias montras de lojas acabaram vandalizadas. Sete pessoas foram detidas: um adulto de 21 anos e seis jovens, um deles com nacionalidade portuguesa. A polícia suíça considera que estes protestos são eco das manifestações que decorrem em varias cidades francesas. O comentador da SIC, Germano Almeida, analisa a evolução dos acontecimentos e o alastrar dos protestos a outros países.
“É muito arriscado ainda fazer algum tipo de previsão, seja o que for relativamente a esta situação grave, mas diria que o sinal de que esta noite a onda de protestos baixou em intensidade e a quantidade denota que poderemos, esperemos que sim, estar a começar a assistir a uma certa curva descendente de algo absolutamente grave, preocupante, que é obviamente de desconforto de de problema sério na sociedade francesa", explica Germano Almeida.
O comentador da SIC refere-se também às palavras da avó do jovem assassinado em França - “Quero que parem. Estão a usar Nahel como pretexto" para a violência.
“O que se passa é que perante uma situação grave e que devia ter realmente uma consequência, uma reação, o que se passou foi um aproveitamento absolutamente criminoso, ilegal, para fazer distúrbio, para provocar destruição e que levou, por exemplo, à morte desgraçada de um bombeiro de 24 anos a apagar incêndios em carros num parque de estacionamento”, sublinha Germano Almeida.
Os casos de violência contra autarcas são preocupantes. Manifestantes atiraram um carro contra a casa de autarca em L'Haÿ-les-Roses, nos arredores de Paris. O automóvel de Filipe Ferreira-Pousos, autarca de La Riche, foi incendiado.
Paris vai usar drones para vigiar as ruas. A primeira-ministra francesa quer "sanções exemplares" para autores de violência contra autarcas. A capital francesa contou já com 7 mil polícias nas ruas na noite de domingo para segunda-feira. O Governo francês decidiu manter dispositivo de 45 mil agentes nas ruas.