O sismo em Marrocos já fez 2.122 mortos e mais de 2.400 feridos. As operações de busca e salvamento estão a ser mais complexas nas aldeias em zonas montanhosas, porque as estradas continuam com obstáculos.
O trabalho de resgate está a ser minucioso. É preciso ir desviando como se pode tudo o que desmoronou. O esforço é porque ainda há sinal de vida.
Em Moulê Brahim, perto do epicentro do terramoto, moram 10.000 pessoas. Pelo menos 25 pessoas morreram e ainda há um número elevado de desaparecidos.
“Estou a dormir na rua há dois dias”
Entre os mortos estão familiares de Yassin, que quis mostrar como ficou a casa. A mesa de jantar está como a deixou. Conta que em cinco segundos tudo caiu. A casa, mesmo que tendo algumas paredes de pé, está inabitável.
“Estou a dormir na rua há dois dias. Como podem ver, é tudo muito difícil para nós. Não temos comida, nem água. Também perdemos eletricidade. Foi uma grande catástrofe”.
Há localidades isoladas na zona montanhosa do Atlas em que a situação é descrita como grave. Civis e entidades públicas começaram a enviar água e comida para onde é possível.
Hospital de campanha e tendas montadas
Em Amizmiz, a afluência de feridos a chegar tem sido constante e obrigou à montagem de um hospital de campanha. Também foram montadas tendas para que os desalojados não tenham de ficar na rua.
Além da emergência humanitária, a urgência no resgate e salvamento é evidente também em Marraquexe.
Uma equipa de mais de 20 socorristas está a percorrer, edifício a edifício, para perceber se pode haver alguém ainda vivo.
Mesmo que seja uma tarefa demorada e complexa, retirar alguém com vida continua a ser a prioridade. Do lado de fora, espera-se por notícias dos amigos e familiares.