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"A nossa vitória depende diretamente" da cooperação com a UE, diz Zelensky

Zelensky sugeriu uma série de medidas que contribuiriam para pôr fim à guerra, entre as quais o aumento das sanções impostas ao Irão, ao discursar perante os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com os ministros da Defesa da União Europeia, num encontro inédito que se realizou em Kiev
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu esta segunda-feira perante os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, reunidos em Kiev, que a vitória da Ucrânia sobre a Rússia "depende diretamente" da cooperação com a União Europeia (UE).

"Estou certo de que a Ucrânia e todo o mundo livre são capazes de vencer este conflito, mas a nossa vitória depende diretamente da nossa cooperação", sustentou.

Zelensky sugeriu uma série de medidas que contribuiriam para pôr fim à guerra, entre as quais o aumento das sanções impostas ao Irão, fornecedor de 'drones' (aeronaves não-tripuladas) explosivos utilizados em massa por Moscovo para bombardear a Ucrânia.

A Rússia utilizou mais de 500 'drones' Shahed-136 de fabrico iraniano contra a Ucrânia em setembro - um recorde, segundo o grupo de consultoria ucraniano Defense Express, que prevê que Moscovo recorra ainda mais a estes aparelhos baratos mas que estão a esgotar as defesas aéreas ucranianas.

O chefe de Estado ucraniano apelou também para a "aceleração dos trabalhos na UE" destinados a autorizar que os bens russos congelados revertam para o financiamento da reconstrução da Ucrânia, devastada por mais de um ano e meio de guerra e cuja recuperação é estimada em centenas de milhares de milhões de dólares.

O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, lamentou em setembro "falta de vontade" política no Ocidente em relação a esta questão.

Os aliados ocidentais congelaram mais de 300 mil milhões de euros de ativos do Banco Central russo e várias dezenas de milhares de milhões de bens diversos pertencentes a pessoas ou entidades sancionadas.

A Ucrânia, que depende fortemente da ajuda ocidental - militar e financeira - para enfrentar Moscovo, pede que esses fundos sejam colocados à sua disposição, mas os ocidentais alega obstáculos jurídicos.

Com Lusa