O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, emitiu, este domingo, uma "ordem de emergência" à divisão de licença de armas de fogo para facilitar a obtenção de armas ao maior número possível de cidadãos israelitas.
"Qualquer cidadão que cumpra os critérios para a posse de armas de fogo, sem antecedentes penais ou médicos, poderá receber aprovação para a posse de armas de fogo", indicou o gabinete do ministro, numa altura em que Israel se encontra em guerra com o grupo islâmico palestiniano Hamas.
O prazo para garantir a licença será de apenas uma semana, após o interessado ser submetido a uma entrevista telefónica.
Está ainda prevista a facilitação da recuperação de armas aos israelitas que as tenham devolvido no último ano por ausência de renovação da licença.
No âmbito desta ordem, vão ser emitidas autorizações para a posse de armas de fogo com uma bonificação para a compra de até 100 munições, face ao atual limite de 50.
Ben Gvir, que representa a tendência mais ultra-direitista e anti-árabe do atual Governo israelita liderado por Benjamin Netanyahu, já tinha facilitado a obtenção de licenças de armas para combater o "terrorismo" na Cisjordânia ocupada, onde a violência se agravou no último ano e onde têm ocorrido frequentes incursões do Exército judaico.
Em Israel, o porte de arma depende de uma prévia formação militar - num país onde o serviço militar é obrigatório -, ou da condição de habitar numa zona de segurança "sensível", em particular em territórios próximos da Faixa de Gaza ou dos colonatos na Cisjordânia ocupada.