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Israel - Gaza: passagem de Rafah e a sua importância na guerra

Saiba o que se passa em Rafah, onde a ajuda humanitária da ONU está bloqueada, havendo comida e água para 300 mil pessoas. Teresa Dimas explica, em modo perguntas e resposta, tudo o que se passa esta segunda-feira na guerra entre Israel e Palestina.

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Teresa Dimas, pivot do Jornal do Dia, explica tudo o que precisa de saber sobre o que se tem passado esta segunda-feira junto a Rafah, passagem entre a Faixa de Gaza e o Egito.

O que é a passagem de Rafah?

É a saída mais a sul da faixa de Gaza, que faz fronteira com o deserto do Sinai, no Egipto.

Para além desta, só há mais duas passagens para sair e entrar de Gaza: a passagem por Erez, no norte, e a de Kerem Shalom, puramente comercial. Estão todas fechadas desde segunda-feira passada.

Porque é que a passagem de Rafah é importante?

Como já explicámos, é a única que se mantém viável sem passar por Israel e é também a única por onde pode entrar ajuda humanitária. Camiões com combustível e todo o tipo de bens estão estacionados perto de Rafah, à espera de autorização para entrar.

O que se passa agora em Rafah?

O Egipto fechou a passagem assim que Israel iniciou a resposta ao Hamas. A 12 de outubro, o governo egípcio pediu a Israel que parasse com os ataques aéreos perto de Rafah para poder fornecer ajuda humanitária a Gaza. A passagem não será aberta até haver garantias de segurança.

Os rumores de que a passagem poderia ser aberta fizeram com que milhares de palestinianos e estrangeiros presos em Gaza começassem a deslocar-se para Rafah. Amontoaram-se, na esperança de uma abertura acordada.

Rafah mantém-se fechada. Porquê?

Porque tanto Israel como o Egipto querem evitar que elementos do Hamas aproveitem para fugir e o Egipto não quer o êxodo em massa de palestinianos para o Sinai, porque, entrando, muito possivelmente não voltam a Gaza.

Como costuma ser usada a passagem?

Os palestinianos que queiram usar esta saída têm de se registar junto das autoridades com uma antecedência de duas a quatro semanas e os pedidos podem ser rejeitados tanto pelo Egipto como pelas autoridades palestinianas sem qualquer explicação.

O movimento islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou no sábado um ataque-surpresa contra o território israelita, ao qual Israel respondeu com bombardeamentos, que já duram há sete dias, a várias instalações do Hamas naquele território palestiniano.