Germano Almeida explica que a visita do Presidente dos Estados Unidos a Israel reforça que Washington considera que Israel tem o direito de se defender do Hamas, mas que terá de fazer o mínimo de mortes possíveis. O comentador da SIC defende que a Europa não está a ser um "ator relevante". Por outro lado, destaca que o Presidente da Rússia quer mostrar que tem uma "relevância idêntica à de Biden na região" no conflito.
O Presidente dos Estados Unidos, que viaja na quarta-feira para Israel, vai encontrar-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
"A visita de Joe Biden a Israel reforça a posição americana de deixar claro que os EUA consideram que Israel tem o direito de se defender, mas que terá de respeitar o direito internacional humanitário e fazer o mínimo de baixas possíveis", afirma.
O Presidente dos EUA vai visitar depois a Jordânia, onde vai encontrar-se com o rei e com os presidentes do Egito e da Autoridade da Palestina, o que mostra que o país está também preocupado em "não alastrar a questão para a região".
Na Edição da Manhã, esclarece que o Pentágono, que tem sido o ator "mais relevante e com mais eficácia em várias tentativas de mediação", vai enviar 2 mil soldados para a guerra entre Israel e o Hamas. No entanto, as tropas não vão para combate, vão ajudar, por exemplo, em "questões logísticas e apoio médico".
Europa “não está a ser capaz de ser ator relevante”
Esta terça-feira, há uma reunião extraordinária do Conselho Europeu, em que a guerra entre Israel e o Hamas vai estar em destaque.
"Neste momento, a Europa não está a ser capaz de ser um ator relevante neste conflito. Vamos ver o que sai do Conselho Europeu", afirma.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai estar na China esta terça-feira, para um encontro com o Presidente chinês à porta fechada. É um encontro "importante" porque Putin "falou com Israel, com o Irão, com o líder da Autoridade Palestiniana e com o Egito". Ou seja, "quer mostrar que tem uma relevância idêntica à de Biden na região", afirma Germano Almeida.
O comentador da SIC aponta ainda que a ação de Israel tem sido, para já, por ar e cirúrgicas, em operações especiais.