O Presidente dos EUA chegou esta quarta-feira a Telavive para uma visita histórica a Israel, numa clara demonstração do apoio norte-americano ao Governo israelita. Para o comentador da SIC, Germano Almeida, o ataque a um hospital em Gaza condicionou a ofensiva diplomática.
O Exército Israelita atribuiu a responsabilidade do ataque a grupos terroristas palestinianos, mas “o mal já está feito” diz Germano Almeida. No mundo árabe havia a noção de que seria Israel a ter feito um ataque e “isso claramente prejudicou a ofensiva diplomática que Biden tinha preparada para hoje”, diz Germano Almeida.
“Biden chega a Israel e volta a mostrar apoio dos Estados Unidos, mas a dizer a Netanyahu que tem que respeitar o direito internacional humanitário (…) a segunda parte da visita seria na Jordânia e está cancelada. Biden iria estar com o rei da Jordânia, com o Presidente Sissi do Egito e com o líder da Autoridade Palestiniana, Abbas, para mostrar que é uma importante encontrar uma solução humanitária e é importante manter um diálogo em que há alternativo ao Hamas”.
As manifestações nas últimas horas na Cisjordânia, na Jordânia, na Turquia, as ameaças de bomba em França, na Bégica, “tudo isso são sinais de que [o ataque ao hospital em Gaza] contribuiu para a radicalizar ainda mais as posições”.
“Cada lado acredita no que quer e no seu lado".