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Israel "é liderado por um criminoso"

A comentadora da SIC Notícias, Ana Gomes, analisa o auxílio do Egito aos feridos no bombardeamento em Gaza e a libertação de reféns pelo Hamas.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou categoricamente qualquer possibilidade de um cessar-fogo que ponha um ponto final às hostilidades com o Hamas. Esta terça-feira, o grupo anunciou que vai libertar "nos próximos dias" alguns dos reféns estrangeiros que levou para Gaza após o ataque surpresa de 7 de outubro.

Ana Gomes, comentadora da SIC Notícias, conta que o movimento islâmico “tencionavam justamente utilizar os reféns num jogo político com consequências terríveis, desde logo não apenas para o povo Israelita, mas para o povo da Palestina”.

Poderá o Qatar ter tido alguma influência?

“O Qatar tem influência, porque é um dos principais financiadores do Hamas, mas no fundo é apenas uma questão do timing e de se entender que este é o momento certo, exatamente para comprometer Israel, porque Israel ominosamente, recusou a oferta do Hamas, que já foi feita várias vezes de trocar todos os reféns por todos os presos palestinianos. São cerca de 6.600, em que muitos deles são crianças”, garante Ana Gomes.

Para a comentadora, o Governo de Jerusalém ficou “em maior risco de serem dizimados”, mas “como querem render o sinistro peixe, neste momento não têm interesse em executar” Israel. Ana Gomes explica que dentro de Israel há grandes problemas, porque o país é “liderado por um criminoso”.

“Mais tarde ou mais cedo se [Netanyahu] sobreviver tem de estar num Tribunal Internacional Penal, porque é já um criminosos de guerra e aparentemente uma parte do mundo deixa-se ir nas mãos daquele sujeito que diz que é preciso pôr pressão e põe em risco as vidas de civis”, refere.