O Hamas anunciou esta terça-feira a libertação de mais reféns. Mas à medida que a guerra avança no terreno, as carências e sofrimento das populações ganham ainda mais importância.
Clara Ferreira Alves, em direto de Telavive, analisa a situação do conflito no Médio Oriente, indicando que outro país - o Irão - deverá entrar na guerra.
“É completamente impossível fazer esta guerra sem um aumento absolutamente cruel e devastador das vidas humanas, dos dois lados, e dos chamados danos colaterais. Vai ser impossível travar esta guerra sem um altíssimo custo. Soldados israelitas já começaram a vão continuar a morrer. O combate nos túneis ainda nem sequer começou. Estamos apenas a assistir a destruição de infraestruturas”, diz a jornalista.
Para onde vão os palestinianos?
Depois do ataque do Hamas a 7 de outubro, Israel tem atacado sem tréguas a Faixa de Gaza. As vítimas civis são aconselhadas a deixar determinadas zonas, mas não parece haver lugar seguro.
“Netanyahu terá pressionado a União Europeia para tentar convencer o Egito a acolher os palestinianos do sul. A guerra está no norte, mas inevitavelmente vai chegar ao sul, onde está a maioria da população”, relata Clara Ferreira Alves.
No entanto, o Egito recusou a ideia do primeiro-ministro de Israel.
“O PM egípcio teve uma frase muito estranha, em que disse que estavam dispostos a sacrificar milhões para não receber uma invasão palestiniana”.
Com o combate a ganhar mais força no norte, na fronteira com o Líbano, também é preciso estar atento ao sul de Gaza.
“Se isto vai manter-se por aqui ou não, depende. Será difícil que o Irão, através dos seus parceiros, não intervenha na guerra”.