A organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu, esta quinta-feira, a abertura aos jornalistas do posto fronteiriço de Rafah, na Faixa de Gaza.
Este ponto de passagem entre Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e o Egito é controlado por palestinianos e egípcios. No entanto, como salientou a RSF no comunicado, "Israel controla todas as atividades na fronteira sul e bombardeou quatro vezes esta entrada fronteiriça no início da guerra".
Na mesma nota, a organização apelou às autoridades israelitas e egípcias para que "abram os portões" do posto fronteiriço "para que os jornalistas possam finalmente entrar e sair dos dois lados da fronteira".
"Os jornalistas que tiveram de se deslocar do Norte [Notes:da Faixa de Gaza] são agora obrigados por Israel a reunirem-se na fronteira com o Egito, sem possibilidade de a atravessar. Por outro lado, os jornalistas internacionais são impedidos de entrar", sublinhou a organização.
Organização diz que já morreram em Gaza 58 jornalistas
"Em dois meses de guerra, nem um único jornalista foi autorizado a entrar na Faixa de Gaza através de Rafah, o que prejudica claramente a capacidade dos meios de comunicação social de cobrir o conflito", acrescentou.
Por outro lado, lembrou que "58 jornalistas foram mortos em Gaza, 14 dos quais no exercício das suas funções, por ataques israelitas".
Em represália ao ataque de 7 de outubro, que as autoridades israelitas afirmam ter matado 1.200 pessoas, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e o seu exército está a levar a cabo bombardeamentos no território palestiniano sitiado, em paralelo com uma vasta operação terrestre lançada a 27 de outubro.
Na terça-feira, o Ministério da Saúde do Hamas informou que 16.248 pessoas tinham morrido nos bombardeamentos israelitas em Gaza, 70% das quais mulheres, crianças e adolescentes.