Germano Almeida analisa os últimos desenvolvimentos da guerra no Médio Oriente, numa altura em que já passaram três meses do ataque do Hamas em Israel. O comentador da SIC lembra que "vários líderes do Hamas foram de facto eliminados", como Israel tinha prometido, mas "mais de metade dos reféns ainda estão sob a escolta do Hamas".
"Vários dos líderes e principais operacionais desse ataque e da estrutura militar do Hamas em Gaza foram de facto eliminados. Isso é um ponto. A verdade é que tudo o resto está a ser muito difícil. O falhanço por parte de Israel, tendo em conta o número inaceitável de baixas, tendo em conta a pressão interna junto do Governo Netanyahu, tendo em conta as próprias divergências do Governo Netanyahu e tendo em conta que mais de metade dos reféns ai estão sob a escolta do Hamas", sublinha Germano Almeida.
Sobre o périplo do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, por vários países, o comentador da SIC considera que o objetivo "é evitar o alastramento do conflito".
"A grande preocupação do Presidente Biden e do incansável chefe da diplomacia, Blinken, é que Israel não comece uma guerra efetiva no Líbano contra o Hezbollah e, portanto, na prática, não passamos a ter duas guerras: Israel-Hamas em Gaza, Israel-Hezbollah no Líbano, seria algo incomportável. Não há interesse de nenhum ator na região relativamente a isso e, por isso, o secretário Blinken está nos Emirados Árabes Unidos", explica.
Germano Almeida destaca também que informações que indicam que “há uma articulação direta entre a guerra da Ucrânia e o que se está a passar no Médio Oriente”.
O comentador da SIC refere-se a informações veiculadas pela Coreia do Sul que indicam que “o Hamas tem armas da Coreia do Norte e está a usá-las”, e de americanos e britânicos que "têm informações no sentido de que o Hamas tem mísseis teleguiados que só podem ter sido dados pelo Irão".