Israel garante que está a tentar minimizar o número de vítimas civis dos ataques contra o Hamas, mas autoridades de saúde de Gaza dizem que só os últimos ataques mataram mais 150 pessoas. O Tribunal Internacional de Justiça começou, entretanto, a julgar o processo em que a África do Sul acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza.
É a primeira audiência do principal órgão judicial da ONU para ouvir os argumentos da África do Sul, que acusa Israel de genocídio em Gaza.
Quando a queixa foi apresentada, Israel reagiu, dizendo que está a agir em legitima defesa, argumento que deverá também ser usado na contestação israelita marcada para sexta-feira.
Na véspera do arranque do processo, o primeiro-ministro israelita fez questão de dizer que Israel está a lutar contra o Hamas e não contra os palestinianos. Garantiu ainda que Israel está a fazer os possíveis para minimizar as baixas durante a ofensiva militar, mas por enquanto no enclave não é isso que acontece
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, nas últimas 24 horas, os ataques israelitas causaram quase 150 mortos, elevando o número total de vítimas desde o início do conflito para quase 23400.
Nas últimas 24 horas, além dos ataques a zonas residenciais no sul do enclave, as autoridades denunciam novos ataques a instalações de saúde que, segundo a ONU, estão à beira do colapso total. Grande parte da ajuda ao norte de Gaza foi cancelada em janeiro.
As Nações Unidas dizem que apenas três das 21 missões de ajuda humanitária foram realizadas. Também a OMS diz que teve que cancelar seis missões nas últimas duas semanas.