Houve esta quinta-feira protestos inéditos no sul da Faixa de Gaza. Na cidade de Khan Younis, atualmente cercada e palco de intensos combates, centenas de manifestantes exigiram ao Hamas e também a Israel o fim imediato da guerra.
No sul da Faixa de Gaza, e pelo segundo dia, centenas de manifestantes gritaram palavras de ordem contra o primeiro-ministro de Israel e o líder do Hamas.
Exigiram o fim imediato da guerra e da destruição.
Os protestos coincidem com o reforço da ofensiva em Khan Younis. O exército israelita anunciou a entrada nos bairros do sul e ocidente da cidade, cercada já a semana passada.
Os alvos foram os militantes do Hamas, assim como da Jihad Islâmica.
Os combates urbanos, diz o ministério da saúde de Gaza, terão provocado só nas últimas 24 horas mais de cem vítimas civis, apanhadas no fogo cruzado e em bombardeamentos indiscriminados.
No norte do território, o dia está marcado por outra acusação palestiniana: na Cidade de Gaza, as tropas terão disparado sobre uma fila de pessoas que esperava receber ajuda humanitária.
Do lado israelita, familiares de alguns dos 130 reféns do Hamas bloquearam esta quinta-feira um dos postos fronteiriços do sul de Gaza. Tentaram impedir a entrada de mais ajuda humanitária.
O chefe do governo israelita voltou a ignorar as exigências dos familiares dos reféns e repetiu a argumentação dos últimos dias.
As certezas de Netanyahu na véspera da decisão do tribunal internacional de justiça.
Sexta-feira, e num processo aberto pela África do Sul, os juízes de Haia pronunciam-se sobre a acusação de genocídio na Faixa de Gaza.
Israel já disse que não irá reconhecer qualquer decisão judicial sobre a atual guerra.