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Ataque israelita contra escola da ONU faz pelo menos 27 mortos

O número é avançado pelo Hamas, que adianta ainda que muitas pessoas ficaram feridas no ataque. Israel confirma que "os aviões de guerra do exército (...) efetuaram um ataque preciso contra uma base do Hamas no interior de uma escola da UNRWA".

Ataque israelita contra escola da ONU faz pelo menos 27 mortos
Anadolu

Pelo menos 27 pessoas morreram num ataque aéreo contra uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) em Gaza, disse esta quinta-feira o Hamas, tendo o exército israelita confirmado o ataque contra "uma base" do movimento islamita.

"Os aviões de guerra do exército (...) efetuaram um ataque preciso contra uma base do Hamas no interior de uma escola da UNRWA na região de Nusseirat" esta madrugada, declarou o exército israelita em comunicado, referindo que "vários terroristas foram mortos".

"Os terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, pertencentes às forças de Nukhba, que participaram no ataque mortal às comunidades do sul de Israel em 7 de outubro, operavam no complexo. Os terroristas dirigiam a campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e utilizando-a como abrigo", acrescentou o exército israelita.

O gabinete de imprensa do Hamas anunciou que pelo menos 27 pessoas foram mortas e muitas ficaram feridas no ataque ao campo de Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza.

"Um número considerável de mártires e de feridos continua a afluir ao hospital dos Mártires de Al-Aqsa", situado na cidade de Deir al-Balah, perto de Nusseirat, declarou o gabinete de imprensa do Hamas, acusando o exército israelita de ter cometido um "massacre horrível".

Ao início da noite, o hospital tinha comunicado a "avaria de um dos seus geradores elétricos", o que podia complicar o tratamento dos doentes vulneráveis e provocar "uma catástrofe humanitária".

Antes deste ataque, o hospital já tinha recebido "pelo menos 70 mortos e mais de 300 feridos, na sua maioria mulheres e crianças, na sequência dos ataques israelitas nas zonas centrais da Faixa de Gaza", de acordo com os Médicos Sem Fronteiras, numa mensagem escrita na rede social X (antigo Twitter).

O subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários, Martin Griffiths, apelou na terça-feira a esforços para garantir um melhor e mais seguro acesso para a distribuição de ajuda humanitária, em Gaza.

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Griffiths sublinhou que nenhum esforço será poupado para garantir que a ajuda chega a todos aqueles que precisam, na Faixa de Gaza, e que a segurança dos trabalhadores humanitários e civis continuam a ser primordial.

“Eles não desistem. Falam sempre em ficar e cumprir. Em Gaza, ficar e cumprir é mais uma promessa do que um facto. Estamos perante uma operação que não está a produzir resultados. Portanto, não nos retiraremos a menos que haja tanta falta de segurança que se torne demasiado perigoso lá estar”, adiantou.

O subsecretário-geral das Nações Unidas apelou a uma “rota segura” e “melhores acessos” para que os trabalhadores humanitários possam continuar a trabalhar para aliviar o sofrimento em Gaza.


Com Lusa