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Hamas aceita proposta dos EUA para cessar-fogo

A proposta anunciada por Joe Biden prevê um plano de três fases, que começa com a libertação de reféns e a retirada das forças israelitas das zonas mais populosas de Gaza.

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) apoia a proposta dos Estados Unidos da América para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O Hamas aceita e está pronto para negociar. Israel ainda não respondeu.

A resolução foi aprovada com 14 votos a favor e a abstenção da Rússia. O Conselho de Segurança validou de forma clara a proposta anunciada por Joe Biden para pôr fim à guerra entre Israel e Hamas.

O plano tem três fases. A primeira dura pelo menos seis semanas e prevê uma paragem total dos combates, a retirada das forças israelitas das áreas com mais população de Gaza, além da libertação de um número indeterminado de reféns em troca de prisioneiros palestinianos.

É também nesta fase que se negoceiam os termos para as etapas seguintes, com vista a um cessar-fogo efetivo e à reconstrução das áreas arrasadas por meses de combates.

“Se o Hamas libertasse os reféns e se entregasse, não seria necessário disparar nem mais um tiro”, continuou a representante de Israel nas Nações Unidas, Reut Shapir Ben-Naftaly.

O embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, respondeu.

“A prova está nos pormenores. E queremos que esta resolução seja implementada, começando pelo cessar-fogo e que este cessar-fogo seja permanente”,

A resposta do Hamas não tardou. Um alto representante garantiu, esta manhã, que o grupo aceita a resolução das Nações Unidas e que está pronto para negociar detalhes para um acordo.

Avanços enaltecidos pelo chefe da diplomacia norte-americana, de visita a Israel.

“É um sinal de esperança”, declarou Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.

Na oitava deslocação ao Médio Oriente, Blinken reuniu-se com o primeiro-ministro israelita e com o líder da oposição. Encontrou-se também com familiares de reféns norte-americanos em Gaza, dias depois da operação israelita que permitiu o resgate de quatro pessoas sequestradas pelo Hamas.

As autoridades de Gaza dizem que, para libertar quatro reféns, as forças israelitas mataram mais de 270 palestinianos, entre eles dezenas de crianças.

O gabinete dos Direitos Humanos das Nações Unidas afirma que, perante estes números, a operação pode constituir um crime de guerra.

A avaliação é a mesma para quem mantém os reféns em zonas com muita população, colocando em risco acrescido a vida de milhares de civis.