Duas perguntas continuam sem resposta depois da tentativa de assassinato de Donald Trump. O que falhou no dispositivo de segurança que permitiu um disparo a pouco mais de 100 metros? E o que levou um jovem de 20 anos a tentar abater o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato?
Nas últimas horas, Joe Biden fez um novo apelo à união e ao fim da violência e Donald Trump veio dizer que escapou por milagre.
A postos para a convenção republicana, ao descer do avião quando chegou a Milwaukee, Trump voltou a erguer o punho - o mesmo gesto de sábado a seguir ao atentado. Na viagem até ao estado do Wisconsin, o ex-presidente deu duas entrevistas.
Ao New York Post, afirmou que "não devia estar aqui, devia estar morto e [o que aconteceu no comício na Pensilvânia] foi uma experiência muito surreal".
Não faltou também uma referência ao divino:
"O médico do hospital disse que nunca tinha visto nada assim, chamou-lhe um milagre".
Talvez por isso, em declarações ao Washington Examiner, Trump garantiu que "o discurso [que fará na convenção republicana] será muito diferente, muito diferente do que teria sido há dois dias".
Acrescentando, ainda, que "esta é uma oportunidade para unir todo o país, até mesmo o mundo inteiro".
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Os democratas sabem que este ataque pode beneficiar os republicanos e interferir nos resultados das eleições de novembro. Por isso, Biden propõe que se repense o tom em que vai decorrer a campanha e que as decisões sejam tomadas, pelos votos e não pelas armas.
Nas eleições americanas há, seguramente, um antes e um depois do momento do ataque. Biden tenta aproveitá-lo para apagar uma imagem de fragilidade. Trump, pelo contrário, já começou a usá-lo para mostrar uma imagem de força.
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